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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Em queda livre, prefeito Madeira do PSDB começa a cooptar oposicionistas para guerra contra candidata do DEM

Artur Virgílio: depois de perder para o senado,
tucano está próximo de perder a prefeitura no AM
Frederico Luiz

Depois de perder espaços no sul do país onde seu principal líder, José Serra, deve ficar de fora do segundo turno em São Paulo, os tucanos começam a perder espaços na região Norte-Nordeste.

No Amazonas, Artur Virgílio, o todo-poderoso ex-líder da oposição no senado, após liderar com folga, cai nas preferência e de acordo com as últimas pesquisas, perde no segundo turno, em Manaus, para Vanessa Grazziotin (PCdoB) conforme divulga o Portal A Crítica.

Em São Luís-MA, o prefeito João Castelo cede terreno a cada dia e deve ir ao segundo turno rebaixado, com Edivaldo Holanda Júnior na dianteira, conforme indica as últimas pesquisas, a exemplo da Data M.

Sem segundo turno, o prefeito Madeira de Imperatriz-MA está em queda livre e a exemplo de 2000 pode chegar em terceiro. Naquele ano, o então deputado federal e vice-líder de FHC largou na frente, a exemplo de agora, e chegou atrás de quem venceu, Jomar Fernandes (PT) e ainda do então prefeito Ildon Marques (PMDB).

Alvo em SP
Em São Paulo, o petista Fernando Haddad escolheu José Serra como principal alvo da sua campanha e acertou em cheio, está perto do segundo turno. O candidato do PRB, Celso Russomano, líder das pesquisas, aparece como a terceira via, seu discurso é light, sem ataques diretos aos adversários. O comportamento é parecido como o de Flávio Dino quando disputou o governo do Maranhão em 2010 e deixou de ir ao segundo turno por 0,09% dos votos. Atualmente, o presidente da Embratur tem outro caminho, busca ser alternativa direta (2ª via) à oligarquia Sarney que controla o estado há quase meio século.

Alvos em SL
Em São Luís, o prefeito João Castelo escolheu o vice-governador Washington Luís como seu principal alvo na eleição de 7 de outubro. O petista, apesar de ser apenas o quarto lugar, insiste a propaganda tucana, é o candidato da governadora Roseana Sarney para tentar derrotar a oposição na Ilha Rebelde. O candidato do PT faz o mesmo, pretende polarizar com o tucano a partir das refregas nacionais. Edvaldo Holanda, em franca ascensão, critica duramente a atual gestão e propões soluções administrativas para os problemas do eleitorado.

Alvos em Imperatriz
Todos os candidatos oposicionistas miram, claro, no prefeito Madeira do PSDB, a exemplo de São Luís. O prefeito escolheu o deputado estadual Carlinhos Amorim (PDT) como principal foco de seus ataques. Porém, no atual estágio, comete um erro crasso, divide sua artilharia entre o pedetista e a candidata do DEM, Rosângela Curado.

Aliança de Madeira com Roseana Sarney pode custar a reeleição do prefeito de Imperatriz
Sem munição e em queda livre nas pesquisas e como a cidade tem turno único, o prefeito tenta a todo custo cooptar os demais candidatos para que parem com as críticas políticas e administrativas ao seu governo e mirem também na democrata. A tática é inócua, ninguém arreda pé de suas escolhas e o tucano terá de trocar de alvo ou permanecer com sua artilharia dividida.

Ao se aliar com a governadora Roseana, o prefeito livrou-se dos ataques dos veículos de comunicação ligados ao Grupo Sarney, mas se tornou presa fácil nas redes sociais que este ano ganharam mais força ainda no compartilhamento de opinião.

Flávio Dino
“O jogo só termina quando acaba”, revela uma máxima do futebol de autoria de um filósofo do futebol, o presidente do Corinthians Paulista, o saudoso Vicente Matheus. Apaixonado por outro alvinegro, o Botafogo do Rio de Janeiro, o principal líder da oposição no Maranhão, Flávio Dino manobrou de forma arriscada nestas eleições para as prefeituras.

Nesta eleição, como parafraseando o botafoguense Neném Prancha, célebre teórico das quatro linhas, partiu para o voto como se parte para um prato de comida. O resultado parecia desastrado no começo e contou com críticas ferozes de oposicionistas renhidos como ex-governador José Reinaldo. Agora, a tática do timoneiro oposicionista revela-se acertada.

Nas principais cidades do Maranhão e mesmo nos grotões, a oposição caminha a passos largos para a vitória e sem os caprichos de tucanos 'do tipo' Castelo e Madeira que costumam cruzar os braços nas eleições em que precisam retribuir o apoio.

A tática é simples, o presidente da Embratur tem lado em todos 217 municípios do estado. Parece um velho 4-3-3. Antigamente, era assim, agora o político precisa ser mais 'esguio' e 'esperto', dizem os críticos que adotaram outros sistemas para esta contenda.

Curiosamente, apesar da acusação de estreiteza política por excluir estes líderes do seu palanque, Flávio apoia dois candidatos de fora de sua sigla nas duas maiores cidades do Estado.

Vitórias da oposição 
Em São Luís, Edivaldo Holanda do PTC caminha para liderar no primeiro turno e vencer a disputa no segundo. 

Em Imperatriz, Carlinhos Amorim do PDT disputa com Rosângelo Curado (DEM) a preferência do eleitor tocantino, sempre avesso à oligarquia Sarney. Sábado passado, o deputado estadual deu demonstração de força com um surpreendente passeio ciclístico e no próximo, 8, realiza grande caminhada no Bacuri, o principal colégio eleitoral da cidade.


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