O ex-deputado federal Flávio Dino (PC do B) deverá ser mesmo candidato a prefeito de São Luis nas eleições municipais de 2012.
Mais que no Maranhão, as articulações e informações sobre a política local acontecem é em Brasília, nas cúpulas partidárias, e tanto no PMDB quanto no PT ninguém duvida que Dino será candidato. Aliás, alguns chegam afirmar que o comunista não tem escolha, caso realmente queira chegar em 2014 com alguma chance de ganhar as eleições para governador.
A equação seria mais ou menos assim: Flávio Dino seria candidato a prefeito, venceria as eleições com um vice “de confiança” e depois de pouco menos de um ano e meio de mandato renunciaria para disputar o governo.
Ocorre que os cálculos políticos não costumam ser tão lógicos quanto os cálculos matemáticos, e para o que esse projeto de Flávio Dino tenha alguma chance de dá certo é preciso atentar para muitas varáveis.
Em primeiro lugar, o ex-deputado do PC do B teria que contar com um bom candidato a vice na sua chapa para a prefeitrua de São Luis. Um “bom vice” não significa necessariamente alguém da confiança pessoal de Flávio Dino, que assuma o compromisso de fazer tudo o que for possível para ajudá-lo a ser governador, até porque aliança política se faz é com os partidos e cada um tem seus interesses no tabuleiro do jogo político.
O líder da oposição na Assembleia Legislativa, Marcelo Tavares (PSB) não esconde de “seu ninga” que aceitaria ser vice de Flávio Dino, caso ele venha realmente disputar a sucessão do prefeito João Castelo (PSDB). Mas “lealdade” de Tavares pode esbarrar no quesito “aglutinação”, ou seja, em que o deputado socialista aglutinaria numa chapa liderada por Flávio Dino? E quem garante que no ano que vem Marcelo Tavares ainda estará nas fileiras do PSB?
Mas Flávio Dino poderia contar com outros nomes para dividir a chapa majoritária em 2012, alguns, inclusive, fora do seu arco tradicional de aliança. Mas vem uma questão: Flávio Dino e seus assessores mais próximos e influente topariam dividir poder com alguém que, em tese, não tão leal como Marcelo Tavares?
Por fim, vamos admitir que que Flávio Dino se candidate e se eleja prefeito de São Luis. Aí chega 2014 e o quadro não seja muito favorável. Será que Dino teria coragem de deixar a prefeitura no auge dos seus quarenta e poucos anos para disputar uma eleição incerta para o governo?
Como pode-se observar, não é tão simples uma candidatura Flávio Dino para prefeito de São Luis em 2012, principalmente se o foco principal for 2014, pois para ser candidato no ano que vem o comunista poderá impor algumas condições para os seus aliados, entre as quais: indicar um vice de sua confiança e continuar sendo a opção das oposições para 2014 perdendo ou ganhando as eleições para prefeito de São Luis.
Contudo, há aquela velha e clássica questão: tem que combinar tudo com o eleitor.
Fonte: Blog do Robert Lobato
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