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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Água mole em pedra dura... Roseana Sarney liga para Pastor Porto


Nas últimas semanas o ex-vice-governador do Maranhão, Pastor Porto, vem figurando alguns blogues locais por sua tentativa de contato com Roseana Sarney. Sua escalada começou elogiando o anfitrião da família, um “grande maranhense” nas palavras dele, Porto, que ainda lembrou a infância da “bela música: ‘meu voto é a minha lei, governador, José Sarney’. 

A peregrinação de Porto ganhou mais, digamos, efetividade, quando descobriu por terceiros que seu partido, o PPS, deixou de filiá-lo no prazo legal exigido pelo TSE. Lançando mão do Facebook mais uma vez, postou um texto que relata sua aflição ante a greve da polícia militar e dos bombeiros e que, por ser não apenas um servo de Deus, mais também um líder religioso, acredita que é do íntimo espiritual ceder uma palavra pastoral a Roseana nesse mais um momento de crise do seu governo.

Partindo dessa sua mirabolante lógica, ligou para um comandante da polícia militar no intuito de fazer uma ponte com Roseana. Sem sucesso, ainda assim registrou o feito: “Quero dar a ela uma palavra de conciliação. Nestas circunstâncias, uma palavra pastoral pode ser mais sábia do que uma palavra policial”.

Para sua surpresa e acredito que para a maioria, Pastor Porto afirma que recebeu de volta a ligação de Roseana. Registrou o feito na retórica de quê sua conduta religiosa lhe separa da posição política, de oposição e opção sem pestanejar, coisas que o imperatrizense soube diluir ao falecido Jackson Lago. Porto não apenas confunde esse fato, como se esquiva do político com personalidade, entre a autenticidade em detrimento de ser um “político raivoso, ressentido”, como cita logo abaixo.

Em seu percurso turvo na atual situação política que se encontra - político sem mandato e sem filiação partidária - Pastor Porto conseguiu ver um pequeno ponto de luz: ser convidado pela própria Roseana Sarney ao Palácio dos Leões. Será nessa possível visita, que nenhuma outra versão renderá a si próprio, o afago ao ego e a lambuja de uma foto entre os dois, na confluência digna da política maranhense e do rebolar desajustado dos seus representantes.

Vamos ao texto do nobre Pastor Porto:

"CONVERSEI COM A GOVERNADORA. Antes, durante e depois do nosso governo nunca tive a oportunidade de cumprimentar a senhora ROSEANA SARNEY. Penso que se ela me vir na rua não saberá quem sou eu. Na condição de pastor, sempre tive vontade de ter uma conversa com a governadora ROSEANA SARNEY. Mesmo quando era Vice-governador tive vontade de ter essa conversa pastoral. Por vários motivos, nunca foi possível. Eu postei aqui que no dia seguinte da deflagração da greve dos policiais no MARANHÃO eu tentei fazer contato com um coronel meu amigo, imaginando que ele estava no Palácio dos Leões em reunião do Alto Comando, com a governadora. Eu queria falar com ela e ministrar uma palavra de conciliação. Não foi possível. Para minha surpresa, sábado, aqui em Anápolis/GO, almoçando num restaurante, o telefone tocou. Era a governadora ROSEANA SARNEY. Pela primeira vez na minha vida dirigia a palavra à ela. Conversa rápida e direta. Disse à governadora 3 coisas: 1) Que no governo do Dr. Jackson Lago nós também enfrentamos greve, portanto eu sabia que era um momento muito delicado; 2) Que na condição de maranhense eu estava preocupado com a situação e desejava que a mesma fosse resolvida o mais rápido possível uma vez que eu não torcia para "quanto pior, melhor". Resolvida greve, disse eu, seria bom para a população, para os policiais, para o governo e para a governadora; 3) Finalmente, disse para a governadora que estou orando por ela para que tenha a sabedoria e o discernimento necessários para esse momento. Ela agradeceu e me pediu que eu fosse visita-lá quando fosse a São Luis. Esta foi a síntese da conversa. Penso que dei minha contribuição. Apesar do que foi feito contra Dr. Jackson, contra mim e contra a democracia, não sou um político raivoso, ressentido. Sou um pastor, um servo de Deus. Eu abençôo a governadora e seu governo, não amaldiçôo. Nem um i e nem um til pode ser subtraído ou acrescentado dessa conversa. Publico antecipadamente aqui por dois motivos: PRIMEIRO, de um ponto de vista POSITIVO, como minha tentativa de ajudar, de ser solidário, tanto ao governo como aos policiais, SEGUNDO, de um ponto de vista NEGATIVO, para que outras possíveis versões dessa conversa sejam desqualificadas. Deus seja louvado!"

Amém.



Fonte: Blog do Samuel Souza

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