Ao aprovar no dia 5 de maio os plebiscitos sobre a criação dos novos Estados de Tapajós e Carajás, a Câmara abriu o caminho para que o mapa do Brasil se transforme nos próximos anos. Atualmente, tramitam na Casa mais nove propostas semelhantes - conforme levantamento do Portal Terra -, que poderão mudar muito mais que somente a geografia do País. Se todas forem aprovadas e receberem o "sim" da população envolvida, o Brasil terá mais sete Estados e quatro territórios federais. Atualmente, o País é dividido em 27 áreas, sendo 26 unidades da federação e o Distrito Federal.
Veja quais serão as novas áreas e os Estados divididos em caso de aprovação dos desmembramentos:
Estados
Carajás: O projeto de autoria do ex-senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) prevê a convocação de um plebiscito em 39 municípios, situados na porção sul e sudeste do atual território do Pará. Os apoiadores da divisão argumentam que há muitos pontos sem a presença do Estado e grandes vazios demográficos. Conforme o movimento, Carajás teria uma população de 1,3 milhão de habitantes.
Tapajós: Com 27 municípios, a nova unidade da federação corresponderia a pouco mais de 50% do atual território oeste do Pará. Aprovado, o projeto do deputado licenciado Asdrubal Bentes (PMDB-PA) será enviado ao Senado. Quem defende a separação da região entende que falta presença do poder público em áreas isoladas, travando o desenvolvimento econômico regional. Segundo o movimento, a prefeitura e a Câmara de Santarém (possível capital) defendem a criação do Estado.
Araguaia: O projeto inicial do plebiscito para a criação do Estado de Araguaia foi apresentado pelo senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), em 2001. A nova unidade seria formada por território desmembrado do Mato Grosso, com 32 municípios. Para os defensores da divisão, um território menor propiciaria um desenvolvimento harmônico na região.
Mato Grosso do Norte: Em conjunto à proposta do Araguaia, tramita o projeto do ex-deputado Rogério Silva (PPS -MT) para formar o Mato Grosso do Norte, com 47 municípios hoje situados no Mato Grosso. Na justificativa, o autor afirma que os mais de 1 milhão de habitantes sofrem com a grande distância da capital - até 1 mil km para alguns municípios. A falta de manutenção em estradas e necessidade de construção de mais pontes revoltam a região.
Gurguéia: O nome da nova unidade da federação seria uma homenagem ao vale do rio Gurguéia. Em 1994, o deputado Paes Landim (PTB-PI) lançou um projeto para um plebiscito que defina a questão. Pela proposta, o Gurguéia abrangeria 87 municípios do sul do Piauí, cerca de 60% do Estado. O projeto recebeu pareceres favoráveis de várias comissões.
Rio São Francisco: De acordo com o projeto do deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), apresentado em 1998, 34 municípios do oeste da Bahia formariam um novo Estado, o Rio São Francisco. A proposta de plebiscito na região recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça.
Maranhão do Sul: O Maranhão do Sul seria composto por 49 municípios que atualmente pertencem ao Maranhão. O projeto foi proposto pelo então deputado Sebastião Madeira (PSDB-MA), em 2001. Na justificativa, o parlamentar afirma que a ideia de o Maranhão ser dividido ao século 19, quando as diferenças culturais entre o norte e sul já eram profundas. Uma colonizada por portugueses e dedicada à cana-de-açúcar e ao algodão, enquanto a outra ocupada por nordestinos que criavam gado.
Territórios
Rio Negro: O projeto foi proposto também pelo senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). No mesmo documento, ele sugere que a consulta seja feita também para os territórios de Solimões e Juruá. O Rio Negro seria formado pelos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Santa Izabel do Rio Negro e Barcelos, atualmente pertencentes ao Amazonas.
Solimões: O segundo território federal do Amazonas seria formado por Atalaia do Norte, Benjamnin Constant, Tabatinga, São Paulo de Olivença, Tonantins, Amaturá, Fonte Boa, Jutaí, Alvarães, Uarini, Maraã, Japurá e Santo Antonio do Içá.
Juruá: O terceiro território federal proposto pelo senador seria composto por Carauari, Itamarati, Eirunepê, Envira, Ipixuna, Guajará e Juruá.
Oiapoque: O projeto para a criação do território de Oiapoque, nos limites do município de mesmo nome, no Amapá, foi apresentado em 2001 pelo então senador Sebastião Rocha (PDT-AP). A nova unidade teria área de 22 mil km², com pouco mais de 20 mil habitantes. A proposta também já passou por várias comissões.
Fonte: Portal Terra
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Veja quais serão as novas áreas e os Estados divididos em caso de aprovação dos desmembramentos:
Estados
Carajás: O projeto de autoria do ex-senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) prevê a convocação de um plebiscito em 39 municípios, situados na porção sul e sudeste do atual território do Pará. Os apoiadores da divisão argumentam que há muitos pontos sem a presença do Estado e grandes vazios demográficos. Conforme o movimento, Carajás teria uma população de 1,3 milhão de habitantes.
Tapajós: Com 27 municípios, a nova unidade da federação corresponderia a pouco mais de 50% do atual território oeste do Pará. Aprovado, o projeto do deputado licenciado Asdrubal Bentes (PMDB-PA) será enviado ao Senado. Quem defende a separação da região entende que falta presença do poder público em áreas isoladas, travando o desenvolvimento econômico regional. Segundo o movimento, a prefeitura e a Câmara de Santarém (possível capital) defendem a criação do Estado.
Araguaia: O projeto inicial do plebiscito para a criação do Estado de Araguaia foi apresentado pelo senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), em 2001. A nova unidade seria formada por território desmembrado do Mato Grosso, com 32 municípios. Para os defensores da divisão, um território menor propiciaria um desenvolvimento harmônico na região.
Mato Grosso do Norte: Em conjunto à proposta do Araguaia, tramita o projeto do ex-deputado Rogério Silva (PPS -MT) para formar o Mato Grosso do Norte, com 47 municípios hoje situados no Mato Grosso. Na justificativa, o autor afirma que os mais de 1 milhão de habitantes sofrem com a grande distância da capital - até 1 mil km para alguns municípios. A falta de manutenção em estradas e necessidade de construção de mais pontes revoltam a região.
Gurguéia: O nome da nova unidade da federação seria uma homenagem ao vale do rio Gurguéia. Em 1994, o deputado Paes Landim (PTB-PI) lançou um projeto para um plebiscito que defina a questão. Pela proposta, o Gurguéia abrangeria 87 municípios do sul do Piauí, cerca de 60% do Estado. O projeto recebeu pareceres favoráveis de várias comissões.
Rio São Francisco: De acordo com o projeto do deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), apresentado em 1998, 34 municípios do oeste da Bahia formariam um novo Estado, o Rio São Francisco. A proposta de plebiscito na região recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça.
Maranhão do Sul: O Maranhão do Sul seria composto por 49 municípios que atualmente pertencem ao Maranhão. O projeto foi proposto pelo então deputado Sebastião Madeira (PSDB-MA), em 2001. Na justificativa, o parlamentar afirma que a ideia de o Maranhão ser dividido ao século 19, quando as diferenças culturais entre o norte e sul já eram profundas. Uma colonizada por portugueses e dedicada à cana-de-açúcar e ao algodão, enquanto a outra ocupada por nordestinos que criavam gado.
Territórios
Rio Negro: O projeto foi proposto também pelo senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). No mesmo documento, ele sugere que a consulta seja feita também para os territórios de Solimões e Juruá. O Rio Negro seria formado pelos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Santa Izabel do Rio Negro e Barcelos, atualmente pertencentes ao Amazonas.
Solimões: O segundo território federal do Amazonas seria formado por Atalaia do Norte, Benjamnin Constant, Tabatinga, São Paulo de Olivença, Tonantins, Amaturá, Fonte Boa, Jutaí, Alvarães, Uarini, Maraã, Japurá e Santo Antonio do Içá.
Juruá: O terceiro território federal proposto pelo senador seria composto por Carauari, Itamarati, Eirunepê, Envira, Ipixuna, Guajará e Juruá.
Oiapoque: O projeto para a criação do território de Oiapoque, nos limites do município de mesmo nome, no Amapá, foi apresentado em 2001 pelo então senador Sebastião Rocha (PDT-AP). A nova unidade teria área de 22 mil km², com pouco mais de 20 mil habitantes. A proposta também já passou por várias comissões.
Fonte: Portal Terra
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