O secretário-geral do PDT, economista Cândido Lima, voltou a defender candidatura própria do partido em São Luis e Imperatriz, nas eleições de 2012.
Em entrevista exclusiva ao blog, o pedetista criticou duramente o ex-chefe da Casa Civil no governo Jackson Lago, Aderson Lago, a quem acusa de ter exercido o cargo apenas para se beneficiar politicamente, além de ser um dos responsáveis pela queda do ex-governador.
“Ele [Aderson] preferiu dirigir as ações do governo para beneficiar candidaturas que tinham compromisso de apoiá-lo nas eleições de 2010, quando disputaria uma vaga na Assembleia Legislativa, como de fato ocorreu. No final, as pessoas apoiada por ele o deixaram, e ele não conseguiu seu objetivo. Muitos companheiros consideram Aderson Lago responsável pela saída do Dr. Jackson Lago do governo”, afirmou
Candido Lima também disse ainda que conversou com Jackson Lago sobre a tese de candidatura própria do PDT nas duas maiores cidades do Maranhão, atualmente administradas por políticos do PSDB, e que consultou a possibilidade de Igor Lago, filho do ex-governador, entrar para a política, mas o pai afirmou preferir que o Igor permaneça na profissão de médico. Lima lembrou do nome do professor Moacir Feitosa como alternativa para candidato a prefeito de São Luis, embora entenda ser um nome que poderá ter dificuldades de se viabilizar internamente no PDT.
“Conversei com o Dr. Jackson Lago, antes da sua viagem, sobre a participação do Dr. Igor Lago na politica do Maranhão. Foi uma conversa rápida e, a princípio, ele foi contra. Moacir Feitosa pode ocupar este espaço, mas puderemos discutir um nome que agregue mais e tenha mais possibilidade de vitória, creio que o nome professor Moacir poderá dificuldades para o Partido”, disse.
Leia a íntegra da entrevista de Cândido Lima, que ainda trata dos cargos ocupados por pedetistas na administração João Castelo, críticas ao vereador Ivaldo Rodrigues, realinhamento ao diretório nacional do PDT, governo Dilma etc.
Você causou polêmica no meio político ao afirmar que o PDT poderá ter candidato próprio em várias cidades, inclusive em Imperatriz e São Luís, onde o partido é aliado do PSDB. Estar havendo um rompimento entre o PDT e o PSDB?
Para responder sua pergunta preciso fazer, inicialmente, algumas considerações. Em 2006, o PDT lançou candidato próprio a Presidente da República, o PDT do Maranhão discordou dessa posição e não fizemos campanha para o Senador Cristóvão. Em 2010, novamente o PDT do Maranhão segue um caminho diferente da Direção Nacional. Enquanto o Partido apoiava a candidatura da atual presidente Dilma Rousseff, nós aqui no Maranhão apoiávamos a candidatura do Jose Serra do PSDB. Agora estamos dispostos a nos alinharmos com a Direção Nacional do Partido. Não podemos mais continuar divergindo. E este nosso realinhamento implica em dificuldades de mantermos nossa parceria com o PSDB. Além disso o PDT nacional está estabelecendo diretrizes para os Diretórios Estaduais lançar candidato próprio em todos os municípios com mais de 25.000 habitantes. Essas são as principais razões de estarmos trabalhando candidatura própria onde tivermos diretório organizado.Outros fatores que estão reforçando nossa tese de candidatura própria são os movimentos dos prefeitos de São Luís e Imperatriz em direção a governadora Roseana Sarney. Os eleitores do Dr. Jackson Lago em Imperatriz não toleram movimentos nessa direção. Então o lançamento de candidato próprio em Imperatriz está sendo reforçado pelas atitudes do prefeito Sebastião Madeira em direção ao Palácio dos Leões. Podemos até compreender as razões que estão levando esses prefeitos a pactuarem, inclusive politicamente com a governadora, mas não aceitamos e não participaremos desses movimentos.
Mas o partido possui cargos importantes nas duas prefeituras…
Na verdade os cargos ocupados por pedetistas na prefeitura de São Luís não representa o partido. Nenhum secretário, até o momento, reuniu com o PDT ou umas das instância partdária para prestar contas de suas ações a frente das secretarias que ocupam. O chamamento mais recente de membros do PDT para ocupar secretaria na prefeitura de São Luís também não foi em caráter partidário. Fomos comunicados de que o convite do prefeito fora em caráter pessoal, em nome de velhas amizades das famílias do prefeito com do secretário nomeado [Lima se refere ao secretário de Transportes Clodimir Paz]. O Partido não tem como impedir que seus filiados decidam ocupar cargos por conta própria em qualquer governo. Chegará o momento em que serão chamados para discutir suas situações pessoais dentro do partido. E na hipótese de fracasso das nossas tentativas de lançamento de candidatura própria, para uma discussão mais ampla com outras alternativas.
Você declarou que impugnaria a filiação do ex-chefe da Casa Civil do governo Jackson Lago, Aderson Lago, no PDT. Por quê?
Por que quando o Sr. Aderson Lago era Chefe da Casa Civil do governo do PDT, tratou nosso partido com desdém. Nossos companheiros não tiveram qualquer apoio do governo. Ele preferiu dirigir as ações do governo para beneficiar candidaturas que tinham compromisso de apoiá-lo nas eleições de 2010, quando disputaria uma vaga na Assembleia Legislativa, como de fato ocorreu. No final, as pessoas apoiada por ele o deixaram e ele não conseguiu seu objetivo. São estas as razões que me levarão à impugnação da filiação dele ao PDT. E posso te garantir que estou expressando o sentimento do partido. Até porque, muitos companheiros consideram Aderson Lago responsável pela saída do Dr. Jackson Lago do governo. Além disso, ele tem uma imagem muito negativa. Tanto que na campanha nem andava com o Dr. Jackson. A vinda dele para o PDT atrapalharia todo o processo de reconstrução do PDT em virtude da sua imagem.
O vereador Ivaldo Rodrigues, líder do PDT na Câmara, disse que você não fala em nome de Jackson e não tem autoridade para vetar ou convidar ninguém para o PDT. Contudo, você sempre foi ligado á família do governador. A família Lago apoia as suas posições?
Eu nunca disse que falava em nome do Dr. Jackson Lago ou da família. Quem falou isso foi um blog ligado ao sistema dominante atual. Entretanto costumo conversar com o Dr. Jackson sobre as teses que eu defendo. No caso do realinhamento do PDT estadual com o PDT nacional eu conversamos e ele concordou. A única divergência é que eu queria fazer logo uma reunião com a direção nacional para comunicarmos nossa posição e ele preferiu esperar seu retorno, já que, naquele momento os partidos aliados da presidente Dilma estavam disputando espaço no governo. Não era um bom momento para tratarmos desse assunto.
Também conversamos sobre a candidatura própria. Na ocasião falei que Clodomir Paz havia manifestado interesse em disputar novamente a eleição de São Luís e que também tínhamos o professor Moacir Feitosa que havia sido bem votado na capital para deputado federal. Ele me questionou se havia falado com o deputado Julião Amin e eu respondi negativamente. Mas ele não contestou a candidatura própria, mas deseja que todos os prováveis interessados fossem consultados para se chegar a um denominador comum. Quanto ao afastamento do PSDB, é uma consequência do realinhamento com a direção nacional. Se seguirmos suas diretrizes vamos ter de lançar candidatos em São Luís e Imperatriz, como na maioria das outras cidades.
Quanto a questão dos filiados, quero dizer que eu tenho, e muita, autoridade para convidar quadros para o partido. Agora quando convido, costumo discutir o nome ou os nomes com o PDT. Quanto ao veto eu nunca disse que vetaria. Disse que impugnaria. A impugnação é um instrumento previsto no Estatuto do partido. O problema é que o Vereador fica nervoso com medo de perder os cargos que ele tem na prefeitura e não ler direito as matérias que tem saído na imprensa.
Também conversamos sobre a candidatura própria. Na ocasião falei que Clodomir Paz havia manifestado interesse em disputar novamente a eleição de São Luís e que também tínhamos o professor Moacir Feitosa que havia sido bem votado na capital para deputado federal. Ele me questionou se havia falado com o deputado Julião Amin e eu respondi negativamente. Mas ele não contestou a candidatura própria, mas deseja que todos os prováveis interessados fossem consultados para se chegar a um denominador comum. Quanto ao afastamento do PSDB, é uma consequência do realinhamento com a direção nacional. Se seguirmos suas diretrizes vamos ter de lançar candidatos em São Luís e Imperatriz, como na maioria das outras cidades.
Quanto a questão dos filiados, quero dizer que eu tenho, e muita, autoridade para convidar quadros para o partido. Agora quando convido, costumo discutir o nome ou os nomes com o PDT. Quanto ao veto eu nunca disse que vetaria. Disse que impugnaria. A impugnação é um instrumento previsto no Estatuto do partido. O problema é que o Vereador fica nervoso com medo de perder os cargos que ele tem na prefeitura e não ler direito as matérias que tem saído na imprensa.
Comenta-se que o médico Igor Lago, filho do ex-governador Jackson, poderá ser o nome do PDT a prefeito de São Luís, em 2012. É verdade?
Conversei com o Dr. Jackson Lago, antes da sua viagem, sobre a participação do Dr. Igor Lago na politica do Maranhão. Foi uma conversa rápida e, a princípio, ele foi contra. Disse preferir que o filho siga com a sua carreira de médico. Diante dessa resposta em relação a participação do Dr. Igor Lago na política, nos levou a buscar alternativas para a construção de uma candidatura a prefeito de São Luís. É claro que o professor Moacir Feitosa pode ocupar este espaço, mas puderemos discutir um nome que agregue mais e tenha mais possibilidade de vitória, creio que o nome professor Moacir poderá apresentar dificuldades para o Partido.
Como você pode ver, não estou falando pelos botões. E até agora não recebi nenhuma orientação por parte do presidente do partido para que não continuasse o nosso trabalho. Além disso, é bom lembrar, sou o secretario geral do PDT. E trata-se de um cargo politico.
Como você pode ver, não estou falando pelos botões. E até agora não recebi nenhuma orientação por parte do presidente do partido para que não continuasse o nosso trabalho. Além disso, é bom lembrar, sou o secretario geral do PDT. E trata-se de um cargo politico.
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